30 abril 2011

Santos despacha o Tricolor.


Santos Despacha o Tricolor.DEMÉTRIO VECCHIOLI - Agência Estado


Foto:IG
Depois de se limitar a marcar no primeiro tempo, o Santos mudou de postura no segundo graças a uma substituição de Muricy, que queria adiantar Elano e Ganso. E foram exatamente os dois que marcaram os gols da vitória santista.
Em busca do bicampeonato, o Santos agora espera para conhecer o seu adversário na final. Palmeiras e Corinthians fazem a outra semifinal. A segunda partida da decisão só será na Vila Belmiro se o Corinthians avançar nos pênaltis, já que, assim, o Santos ultrapassaria o rival na somatória de pontos no torneio. Já o São Paulo chega à sua quinta eliminação seguida na semifinal do Paulistão.


Primeiro tempo tricolor. Apesar do temor de desgastar seus principais jogadores para o jogo contra o América, no México, na terça-feira, Muricy Ramalho optou por mandar a campo no Morumbi todos os seus titulares. Pelo São Paulo, nenhuma surpresa também. Rhodolfo, com um edema na panturrilha, deu lugar a Xandão, conforme previsto.
Mas foi outro zagueiro do São Paulo que deu origem à primeira boa chance de movimentar o placar. Alex Silva tentou driblar Neymar, errou a passada, tentou de novo e perdeu a bola. O atacante saiu na cara de Rogério e bateu forte. Depois de um desvio do goleiro, a bola acabou explodindo na trave. No lance seguinte, Jonathan bateu cruzado e Ceni espalmou.
Apesar de a primeira boa chance ser santista, era o São Paulo que tinha amplo domínio do jogo. A equipe tricolor, porém, parava num paredão montado por Muricy na entrada da área santista. Dagoberto, Ilsinho, Marlos, Jean, Carlinhos Paraíba e Juan trocavam a bola na intermediária, mas não conseguiam criar chances de marcar, até pela falta de uma referência na área. Tanto que, até os 30 minutos, o time só criou uma oportunidade, com Marlos, em jogada individual no contra-ataque.
O Santos se limitava a marcar e tentar aproveitar possíveis erros do São Paulo. Com Ganso e Elano absolutamente sumidos e com o árbitro Raphael Claus optando por não marcar falta em qualquer choque, os donos da casa dominavam o meio-campo com muitos desarmes. Os visitantes só não passaram o restante do primeiro tempo em branco porque a zaga tricolor saiu jogando errado pelo menos três vezes e abriu a possibilidade de Neymar tentar criar jogadas. Numa delas, a bola sobrou para Léo, que bateu forte e exigiu outra boa defesa de Rogério.
A partir dos 30 minutos, o São Paulo conseguiu soluções para ultrapassar a barreira da zaga santista. Aos 31, Dagoberto fez a jogada que está se tornando típica para ele, bateu da entrada da área e Rafael fez defesa segura. No lance seguinte, o atacante recuperou bola pela esquerda, Marlos recebeu na área e devolveu para Dagoberto, que bateu para o gol. Rafael defendeu. No rebote, Ilsinho tentou e o goleiro voltou a salvar o Santos.
Aí, o problema são-paulino voltou a ser a finalização. Aos 34, Marlos deu ótimo passe em profundidade para Jean - tal qual Rivaldo havia feito duas vezes contra o Goiás - e o volante, homem surpresa do esquema tricolor, mais uma vez errou o chute e mandou por cima. Aos 40, Ilsinho pegou um rebote na entrada da área, bateu de sem pulo , mas a bola passou raspando o travessão.



Segundo tempo santista. Na saída para o intervalo, a torcida são-paulina ecoou o nome de Muricy Ramalho, ex-treinador da equipe. Talvez lembrando de sua passagem pelo clube do Morumbi, o técnico decidiu voltar para o segundo tempo com três zagueiros no Santos. Zé Eduardo saiu para a entrada de Bruno Aguiar. Em entrevista, deixou clara a intenção: adiantar Elano e Ganso.
Pelo lado do São Paulo, a ordem de Carpegiani parece ter sido: se não dá pra passar pela zaga, chuta de fora da área. Em dez minutos, Dagoberto, Carlinhos, Jean e Casemiro tentaram assim, sem assustar Rafael.
A orientação de Muricy, por sua vez, fez efeito. O Santos ganhou território, passou a dominar o meio de campo, e abriu o placar. Aos 15 minutos, Ganso chegou à linha de fundo pela esquerda e colocou a bola na cabeça de Elano, na pequena área. O volante, nas costas de Juan, cabeceou no chão, sem chances para Rogério, e fez seu 11.º gol no Campeonato Paulista, do qual é artilheiro ao lado de Liedson, do Corinthians.
Carpegiani agiu na hora. Tirou Casemiro - que, no primeiro tempo, foi o melhor homem do São Paulo - e colocou Fernandão para ser o centroavante do time. Henrique, que tem feito esse papel, nem no banco ficou. Depois, ouviu os pedidos da torcida e trocou Marlos, muito vaiado, por Rivaldo. Os dois veteranos, porém, foram nulos no tempo em que ficaram em campo.
Era a interferência de Muricy que continuava a decidir o jogo. Aos 27 minutos, Paulo Henrique deu lançamento perfeito para Neymar, nas costas da zaga. O atacante teve a chance de cair quando recebeu a marcação de Miranda, que já tinha amarelo, e depois, na área, quando Xandão encostou. Respeitando o conselho do treinador, manteve-se em pé. Parou a jogada no lado direito da área, esperou e só rolou para Paulo Henrique Ganso, que chegava na área. O meia deu um tapa na bola, entre Rogério e Miranda, e fez um belo gol.
Desprovido de qualquer organização tática depois dos dois gols santistas, o São Paulo não conseguia assustar Rafael. A única jogada era Rivaldo ou Dagoberto cair pelas pontas do campo e tentar erguer a bola na área.O Santos tentava o contra-ataque e quase marcou depois de ótimo passe de Ganso para Neymar, que saiu na cara de Rogério Ceni e perdeu excelente chance.

Nenhum comentário:

Postar um comentário